sábado, 24 de abril de 2010

Campanha Eleitoral Virtual

 De: *David Avelar
Sumário de Abertura.

A internet é um meio extremamente eficiente de promover e vender qualquer produto. Porém, é necessário que esse produto tenha conteúdo, tenha credibilidade. Uma notícia boa, ou ruim pode conseguir ser vista por milhões de pessoas em poucos minutos. A isto se chama hits ou acessos. Hoje, Um site com 1 milhão de hits, é comum. Cabe lembrar que o número de hits de um site é uma medida técnica usada pelos administradores. Não é útil para uma análise de mercado. Mas o fim é que é importante. Conscientizar e arrecadar. O conteúdo é tudo. Um exemplo típico na área de marketing político virtual, foi a recente campanha de Barack Obama à presidência da república dos EUA. 
 http://my.barackobama.com/.
Ele acreditou na WEB, que hoje atinge 70% dos lares americanos e contratou Ben Self, um estrategista de campanha que acreditava no poder da Net. Primeira providência; elaborar um plano de campanha direto, descritivo e com principio, meio e fim, ou seja, 1 - Mostrar o problema 2: - Mostrar as conseqüências do problema 3 : Mostrar a soluções exeqüíveis do problema. Seis meses antes da eleições, Barack Obama abriu mão das verbas oficiais, pois já tinha faturado 500 milhões dólares em doações pela Internet. Com um importante detalhe; o voto não é obrigatório nos EUA.




Como se organizar uma campanha virtual.
1 - Adquirir junto à FAPESP. – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, o registro de domínio do candidato. (exemplo: www. davidavelar2010.com.br) http://www.registro.br/
2- Elaborar um portal com conteúdo. Importante; uma plataforma sólida, Ícones fortes como logos, banners, bottons, “santinhos” etc. Fotos de alta qualidade do candidato, no seu dia a dia.
3- Contratar jornalistas de duas faixas etárias para dar confiabilidade e atingir os eleitores nas faixas de 16 a 30 anos e de 30 a 60 anos. Importante contratar um jornalista político de análise.
Elaborar um vídeo de alta-qualidade com o candidato falando da sua proposta política, para inserir no portal. A tendência é ser descontraída, porém com momentos destacados em sociedade.
2- Solicitar aos cabos eleitorais o máximo de emails de seus redutos.
Isso vai dar início ao fluxo de "índice de circulação".
3- Comprar espaços de publicidade nos "motores de busca", como Google e Yahoo.


Todos os eventos da agenda do candidato serão transformados em notícias rápidas. Dali sairão noticias detalhadas, com fotos, vídeos, etc.
Obs: É bom lembrar que esta campanha tem de ser deflagrada dentro dos prazos legais, ou seja, logo depois das convenções. Portanto, resta pouco tempo para confecção de todo o material virtual.



Monitoração:
Os coordenadores de campanha podem não estar presentes aos eventos, mas podem ver e comentar, através de monitoração remota via internet. Para isso é necessário uma estrutura técnica que compreende:



Base:
Computador(res) conectado à internet banda larga, com monitor(res) de 21 polegadas e capacidade de armazenamento de imagens.
Importantíssimo: Ponto para falar com o candidato. Até por motivos de segurança.



Unidade móvel:
Uma Van:
Van utilizada para transmitir eventos de praia, patrocinados pela Galpão C4


                                                      Veiculo de alta potência, personalizado.



Equipada com:
No-breaks de alta capacidade para suprir de energia, os hardwares.
Gerador de 6 kva. Para suprir ares-condicionados.
01 computador dedicado para transmitir imagens. Elas podem ser transmitidas através de um sistema wireless tipo Vivo Zap, ou por link full duplex de micro ondas.
04 câmeras digitais.
04 tripés de câmera.
02 máquinas digitais Nikon ou Cannon, profissionais.
Microfones e cabos de interligação (retirar o som da mesa de áudio, para maior qualidade)
01 computador para redação. (jornalismo)
01 computador para edição. (fotos, FTP, etc)



1998 - Campanha do André do PV - Internet móvel com 2 computadores.
Palco escamoteável na trazeira para shows. Telão como fundo de palco.
Ar-condicionado. Super-ploter, back-light com a foto dos candidatos.



Operação:
O veículo se desloca na frente do candidato, baseado na agenda. Ao chegar ao local, são feitas imagens, fotos e colhidos depoimentos em texto, ou imagens, para serem introduzidos posteriormente. A equipe técnica conecta ajusta o sistema posicionando câmeras, cabos, etc.



Nesse momento, a conexão FTP – File Transfer Protocol, começa a postar no portal as notícias rápidas, enquanto isso os jornalistas começam a elaborar a manchete, a lide e a matéria, que será postada minutos mais tarde.



Pode-se transmitir ao vivo um comício. Para isso deveremos ter um link no portal de transmissão ao vivo. Pode-se até ter, de uma a quatro imagens, para serem selecionadas pelo internauta eleitor.



Uma equipe de base vai manter contatos com os eleitores através de emails e todas redes sociais, como, Orkut, Twitter, Faceboock. MSN, Skype, Sonico. Neste caso além de conscientizar o eleitor, é fazer o seu cadastro para contato futuro.


O portal deve ser divulgado em todas as mídias do candidato. Palestras  com foco exclusivo sobre o portal são importantes.


É importantíssimo dentro das leis vigentes, que sejam postadas contas bancárias para depósito de fundo de campanha. (ver jurídico)




Diagrama esquemático do curso de dados desde a origem ao usuário final

* David Avelar, é empresário no Rio de janeiro. Produtor de eventos. Foi Coordenador de Comunicação Social par Prefeitura Municipal de Nova Iguaçu de 1983 a 1986. Coordenador técnico das Campanhas de Delvi Berger (deputado federal – PFL 88). Farid Abrão David (prefeito, exercendo o terceiro mandato em Nilópolis). André do PV (Deputado Estadual PV-RJ 2004). Délio Leal (deputado estadual – PMDB - RJ -três mandatos) Roberto Carneiro (vereador e presidente da Câmara – Nilópolis). Jorge Picciani (Deputado Estadual PMDB – RJ e Presidente da Assembléia Legislativa) Rosa Fernandes (a vereadora mais votada do Brasil) e Dalva Lazzaroni, escritora (livro Chiquinha Gonzaga - PV- RJ. Vereadora por Caxias e candidadta a governadora).

Estatisticas:
Nos EUA
Uma pesquisa do Leichtman Research Group revelou que 70% dos lares americanos tem acesso pago a internet e que 60% destes lares tem acesso a banda larga. Uma grande notícia para os principais portais e sites de busca, que continuam a concentrar mais de 60% dos investimentos na internet. E mais uma péssima notícia para a TV, aberta ou fechada.



No Brasil
67,5 milhões de internautas segundo o Ibope/Nielsen em dezembro de 2009. Em setembro eram 66,3 milhões. Ou seja: em apenas 3 meses surgiu 1,2 milhão de novos brasileiros e brasileiras com mais de 16 anos na internet[1]. O Brasil é o 5º país com o maior número de conexões à Internet.Nas áreas urbanas, 44% da população está conectada à internet. 97% das empresas e 23,8% dos domicílios brasileiros estão conectados à internet.




Dicas para a Campanha Virtual. Muito interessante!
Agradecimentos aos nossos amigos pela cessão da matéria abaixo:
 matéria original pode ser vista, clicando no link.



O marketeiro do Obama
7 07UTC abril 07UTC 2010
Ben Self, estrategista da campanha on line de Barack Obama (Foto: Werther Santana/Agência Estado)



Ben Self, o estrategista que esteve à frente da campanha digital de Barack Obama à Presidência dos Estados Unidos, participou de um seminário em São Paulo e deu dicas de como usar a internet para quem pretende se candidatar nas eleições brasileiras no ano que vem.



Explicou o melhor modo de usar e-mail e como demonstrar transparência (abaixo, nesta reportagem, veja um resumo em tópicos).



Durante o evento, organizado pela George Washington University, Self não quis comentar notícias de que teria fechado um acordo para trabalhar para o PT em 2010. “Não posso comentar sobre clientes ou clientes em potencial. Respeitamos a privacidade deles.”



Trazido ao Brasil devido à reforma eleitoral aprovada pelo Congresso – que permitirá o uso livre da internet nas campanhas e doações on line – Ben é cauteloso quando se trata de um “efeito Obama” no Brasil.



“Não faça uma campanha apenas na internet. Muitas coisas acontecem fora dela em uma campanha”, aconselhou a uma entusiasmada pré-candidata ao Legislativo que, da plateia, disse considerar que a rede é solução para tudo nas eleições, inclusive para acabar com a corrupção no Brasil.



Sobre a arrecadação on line, que poderá ser feita por cartão de crédito nas próximas eleições, mais um pouco de ceticismo.



“Não acho que você vai conseguir arrecadar milhões de dólares em 2010. É uma mudança cultural, e isso leva tempo. Levou tempo nos Estados Unidos, nós não tínhamos essa cultura. Obama não foi o primeiro a arrecadar dinheiro pela internet. Muitas pessoas fizeram isso antes dele.”



As fórmulas de sucesso do homem que esteve à frente da estratégia da campanha que arrecadou US$ 500 milhões pela internet são simples.



Por e-mail – “talvez uma das ferramentas de comunicação pela internet mais antigas”, como ele mesmo define – 13 milhões de pessoas foram mobilizadas e se tornaram cabos eleitorais do então candidato democrata Barack Obama. Elas fizeram doações, bateram à porta de outros eleitores, gravaram depoimentos e ajudaram a eleger o primeiro presidente negro dos Estados Unidos.



Na mensagem final, uma surpresa e mais um conceito simples. “Não acho que a tecnologia resolve todos os problemas em uma campanha. A primeira coisa é descobrir o que apaixona as pessoas (…) uma vez que você consegue isso, você pode usar a tecnologia para se conectar com as pessoas de uma outra forma e construir algo maior do que você achava que seria possível, algo que possa ser chamado de movimento”, disse.



Veja algumas dicas dadas por Ben Self:



Emocionar as pessoas



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Os vídeos mostrados por Ben são extremamente emocionais. Desde a trilha sonora escolhida até pessoas segurando cartazes escritos a mão com a palavra “mudança”, tudo envolve o eleitor, ou o mero espectador do seminário.



Uma das estratégias foi contar histórias, utilizando depoimentos de pessoas envolvidas na campanha. Esqueça clichês como “meu voto é do fulano”. Na campanha de Obama, apareceram personagens como Charles, um idoso que ingressou na campanha democrata. O depoimento dele e de companheiros de trabalho no comitê, sem frases feitas ou condução artificial, tem mais de meio milhão de visualizações no You Tube.



Buscar engajamento



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“A internet não é só persuadir pessoas, mas fazer com que se engajem e trabalhem para o candidato”, definiu. Para quem já começou a corrida para obter mais seguidores no Twitter ou contatos no Facebook, um aviso. “Não é uma campanha de popularidade, de quantos amigos você vai ter em redes sociais.”



Construir relacionamentos



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Vídeos editados de forma simples, postados no You Tube, passavam uma mensagem intimista da campanha. Exemplo foi um jantar entre Obama e alguns eleitores. Na tela, aparecia um candidato descontraído, dando risadas, conversando com pessoas como você sobre assuntos que você conversaria com seus amigos. O slogan? “Conheça o verdadeiro Obama”.



Transparência



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Imagine que você, em sua casa, resolva gravar um vídeo para postar na internet. É provável que, na ausência de um tripé, utilize a webcam em cima do monitor. Talvez você não se preocupe muito em arrumar o cenário ou vestir algo especial. Pois foi exatamente isso que a campanha de Obama fez. No melhor estilo “gente como a gente”, um organizador da campanha aparecia no escritório do comitê agradecendo os e-mails e a mobilização na campanha.



Ser autêntico



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“Quem por aí gosta de ler newsletter?”, diz um sincero Ben. Ele afirma que, se o e-mail não partir de alguém conhecido, como um amigo ou namorado, é difícil que a pessoa se interesse em ler. Uma estratégia é tornar o e-mail da campanha pessoal, ou seja, uma pessoa “fala” com o eleitor na mensagem. “Tem que criar uma voz, uma personalidade”, explica.



Conversar regularmente



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“Construir um relacionamento on line não é diferente de construir um relacionamento off line. Você não pede alguém em casamento no primeiro encontro”, diz Ben. É preciso manter contato. A primeira coisa é saber de onde a pessoa vem e que assuntos ou interesses vocês têm em comum.



Testar ferramentas e medir resultados



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Segundo o estrategista, por muito tempo, as campanhas tradicionais dependiam da opinião das pessoas. Agora, não é preciso perguntar a todo tempo. A campanha on-line, diz ele, permite testar tudo, passando pelo layout de homepages até vídeos, ver o que dá certo e adaptar ferramentas.



fonte: Maria Angélica Oliveira Do G1, em São Paulo
Empresa do cara: Blue State Digital Inc









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